Dicas essenciais para a insulinoterapia

Redação News Farma
09/12/14
Dicas essenciais para a insulinoterapiaQuando o organismo deixa de produzir insulina, de forma endógena, esta tem de ser administrada de forma exógena, através de injeção, para garantir o aporte de açúcar no organismo. A esta medida terapêutica dá-se o nome de insulinoterapia.


A insulina é uma substância produzida pelo pâncreas, que é necessária no processo de entrada de glicose no organismo, através das células. Na diabetes há uma falência absoluta ou parcial (insuficiência) da produção de insulina, o que interfere negativamente em todo no processo de utilização da glicose pelas células. Isto é, o organismo deixa de conseguir produzir esta substância de forma natural pelo organismo, produção endógena.

Acontece que a insulina é vital, tendo por isso de ser administrada de forma externa,isto é através da injecção por via subcutânea. Na diabetes tipo 2, é por vezes possível controlar o nível de açúcar no sangue com fármacos, principalmente nos primeiros anos da doença, mas quando os valores do açúcar aumentam e as complicações surgem, é sinal de que a sua produção não é suficiente, o que implica a administração exógena. A necessidade de insulina na diabetes tipo 2 é necessária em grande número de casos porque com os anos de doenças vai diminuindo a sua produção.

A Prof.ª Manuela Carvalheiro, endocrinologista, refere que muitas pessoas com diabetes tipo 2 ficam receosas quando a insulinoterapia lhes é proposta como medida terapêutica. "É um medo infundado", afirma, referindo-se à terapêutica como "medida útil" e explicando que os receios estão relacionados com "mitos como o de que a insulina causa habituação. Trata-se de um falso mito que surgiu numa altura em que se começava a administrar a insulina numa fase tardia".

A Prof.ª Manuela Carvalheiro lembra ainda diversas questões relacionadas com a insulinoterapia. A saber:


• A administração de insulina é recomendada porque o organismo necessita e já não a produz em quantidade suficiente;
• Se a toma da insulina for iniciada numa fase precoce da doença, existem mais probabilidades de se obterem melhores resultados;
• Tem de haver boa adequação entre a quantidade de insulina e os alimentos que são ingeridos, principalmente os hidratos de carbono;
• Cabe ao médico prescrever o tipo e dose de insulina que a pessoa com diabetes deve tomar, bem como explicar a necessidade de iniciar o tratamento e dos eventuais efeitos secundários a evitar (baixa de açúcar/hipoglicemia);
• Antes de iniciar a insulinoterapia, a pessoa com diabetes deve ser devidamente ensinada pela equipe de saúde, (os enfermeiros são fundamentais) de como utilizar a caneta injectora e a ajustar a doses de acordo com os níveis do açúcar e a alimentação;
• O ensino de como evitar a hipoglicemia/baixa de açúcar e como a tratar deve integrar o plano de educação terapêutica;
• Todos os tratamentos com insulina são individualizados e dinâmicos;
• O êxito da terapêutica depende bastante do programa de ensino feito pela equipa de saúde e do seu reforço, se necessário, de forma, a que a pessoa com diabetes se sinta capacitada para a administração da insulina e do ajuste das doses.



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