A preocupação da organização surge depois de a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ter concluído que há técnicos de emergência pré-hospitalar no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que ingressam na carreira sem ter os requisitos necessários.
As conclusões são parte de um relatório pedido por Ana Paula Martins, ministra da Saúde, para avaliar a legalidade e a eficiência da gestão do INEM, no qual a IGAS diz que o instituto não conseguiu assegurar a realização dos cursos de formação para os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) nos termos em que foram aprovados. Além disso, o prazo da realização do curso base e a estrutura dos estágios em ambulatório ou bloco operatório não foram concluídos em ambulância-escola por falta de recursos.
Na opinião da Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar, “este incumprimento coloca em causa a qualidade dos cuidados prestados à comunidade”.
Recomendam, por isso, “a adoção de medidas céleres e concretas no superior interesse dos pacientes” e a adoção de um modelo de educação sobre serviços médicos de emergência que seja ministrado em Faculdades de Medicina.
O relatório avaliou quatro grandes áreas: meios de emergência médica, compras públicas, formação profissional e atração e retenção de trabalhadores em áreas críticas.
O documento vai ser remetido ao INEM, para o exercício do contraditório, tendo a IGAS emitido 44 recomendações.
Fonte: Lusa