O primeiro relatório de avaliação avaliou 15 medidas urgentes e 24 medidas prioritárias até 20 de dezembro. O responsável manifesta preocupação com a escassez de recursos humanos, nomeadamente de médicos em algumas especialidades. Além disso, destaca “alguma desvalorização das carreiras”, aspetos salariais e de condições de trabalho.
A recomendação do grupo de trabalho passa por haver “uma maior capacidade de recrutamento de médicos para o Serviço Nacional de Saúde relativamente às condições de trabalho, à remuneração, à progressão na carreira e à atratividade da carreira médica”. Na área dos Cuidados de Saúde Primários também existe necessidade deste reforço, pois ainda há 1,5 milhões de portugueses sem médico de família.
Apesar de haver prazos que devem ser revistos, Carlos Robalo Cordeiro destaca aspetos que considera fundamentais no plano.
“Como pneumologista fico muito satisfeito também por estarem já executadas medidas de reforço da prevenção das infeções respiratórias, através da vacinação”, mas, defende, “implementaria de forma crescente, a par da criação de melhores condições de acesso, melhores formas de prevenção da doença, porque é isso que devemos fazer para melhorar os cuidados de saúde e a qualidade de vida dos portugueses”.
Sobre a Linha SNS Grávida, uma das medidas do plano, “já há uma diminuição de 26 % do recurso às urgências por parte das grávidas”.
O especialista defende ser “um plano arrojado”, porque “muitas das medidas foram implementadas um pouco pela força da necessidade e da dinâmica” da situação que se vive o SNS.
Fonte: Lusa