Foram avaliados 28 103 doentes e a capacidade média instalada ao longo do ano em camas em casa foi de 366, mais 2,5 % face a 2023.
Em 2024, os dias de internamento poupados aos hospitais foram 107 041, mais 11,4 % que em 2023, tendo o número de doentes internados em casa diretamente da urgência hospitalar aumentado 13,2 %, assim como os da consulta externa (20,4 %).
As admissões diretas, sem passar pelo hospital, com referência dos Cuidados Primários e do hospital de dia aumentaram 48,1 % e 20,3 %, respetivamente.
Delfim Rodrigues, coordenador do Programa Nacional de Implementação das Unidades de Hospitalização Domiciliária nos hospitais do SNS, afirma que estes resultados permitiram reduzir a taxa de mortalidade para 2 %, segundo o índice de classificação de doenças (ICD10), quando nos hospitais é de cerca de 5 %.
“Isto verifica-se porque os doentes em casa têm outro tipo de condições de tratamento, até em termos ambientais, que não têm nos hospitais. Logo à partida, não estão sujeitos às infeções nosocomiais [hospitalares]”, diz.
O mesmo relatório identifica que os doentes são acompanhados por equipas multidisciplinares. Estas realizaram 138 000 visitas a casa dos doentes, mais 6,1 % que em 2023, sendo o tempo médio de permanência de 37,04 minutos, mais 7,7 % que o tempo registado no ano anterior.
“As nossas equipas com pouco conseguem fazer muito. Têm todo o reconhecimento dos doentes da família da sociedade em geral”, defende Delfim Rodrigues.
Fonte: Lusa