DGS afirma que mortalidade infantil regressou aos níveis pré-pandemia e mortes maternas baixaram

31/01/25
DGS afirma que mortalidade infantil regressou aos níveis pré-pandemia e mortes maternas baixaram

Segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS), a taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia. Por outro lado, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram. 

“Aquilo que nós conseguimos ver, no caso da mortalidade materna, é que nos últimos dois anos, com análises preliminares, nós conseguimos ver até alguma diminuição e, no caso da mortalidade infantil, uma estabilização", diz Rita Sá Machado, diretora-geral da Saúde.

Os dados divulgados indicam que após 2015 manteve-se o aumento do número de mortes maternas, variando entre sete e 17. O valor máximo observado no período em análise verificou-se em 2020, coincidente com a pandemia de COVID-19.

Quanto à distância entre o período abrangido pelos relatórios da DGS e os números mais recentes já divulgados, por exemplo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a responsável explica: “São dois trabalhos distintos: num estamos a falar daquilo que são indicadores simples, olhando para tendências, se os indicadores vão aumentando ou diminuindo. Uma outra coisa foi o que trabalhámos de uma forma detalhada, olhando com uma dimensão mais profunda, com recomendações específicas”.

De acordo com o relatório, a maioria (51,7 %) das mortes maternas no quinquénio 2017-2021 ocorreu em mulheres com menos de 35 anos, apesar do rácio de mortes maternas ser superior nas mulheres com mais de 40 anos de idade.

O documento destaca igualmente a prevalência de doença identificada antes da gravidez, considerando este indicador “de grande relevância”, uma vez que abrange 63 % dos casos. O diagnóstico da obesidade foi o mais prevalente, seguido da hipertensão arterial. Em 33,3 % dos casos de morte materna, foi identificado um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2.

Nas conclusões, a DGS refere que a maioria das mortes maternas ocorre em mulheres portuguesas.

A DGS também recomenda que se assegure, a uma grávida não vigiada, uma consulta no prazo de uma semana após o pedido da unidade de saúde, seja qual for o trimestre da gravidez.

Fonte: Lusa

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