Estudo mostra que 51 % dos portugueses acreditam que o estado da saúde não terá evolução ou esta será negativa nos próximos anos

31/01/25
Estudo mostra que 51 % dos portugueses acreditam que o estado da saúde não terá evolução ou esta será negativa nos próximos anos

No estudo TOP HEALTH sobre tendências, opiniões e percepções da população sobre a saúde em Portugal, esta foi destacada como a principal preocupação dos inquiridos, obtendo a maior prioridade (81,7 % classificaram como a área de maior interesse). Em parceria com a Spirituc, este relatório indica que os participantes consideram o estado da saúde em Portugal como mau ou muito mau, o pode ajudar a justificar esta preocupação.

Em simultâneo, quase sete em cada dez inquiridos (68,6 %) acreditam que os portugueses se interessam por notícias de saúde. No entanto, praticamente metade (44 %) considera que não está suficientemente informada sobre os desenvolvimentos e resultados das iniciativas nesta área. Esta lacuna é ainda mais evidente quando se analisa a qualidade da informação existente: a maioria dos participantes (91 %) acredita que as iniciativas e notícias de saúde devem ser comunicadas de forma mais ampla, mas um terço avalia a comunicação atual como difícil ou muito difícil de compreender.

Sobre a literacia em saúde, apenas quatro em cada dez inquiridos consideram que a informação que têm sobre saúde é suficiente para gerirem bem o seu estado de saúde.

Este relatório destaca também que o grau de satisfação dos portugueses com a sua saúde é moderado (seis em dez). Adicionalmente, os resultados mostram um pessimismo generalizado sobre o futuro da saúde: mais de um quarto (26 %) dos inquiridos prevê uma evolução negativa, enquanto 35 % acreditam que a situação atual permanecerá inalterada.

Mesmo com estas preocupações, a tecnologia surge como uma aliada para enfrentar os desafios. Cerca de sete em cada dez portugueses recorrem à internet para procurar informações sobre saúde, e 62,1 % acreditam que as soluções digitais são cruciais para melhorar a qualidade de vida. 

Este trabalho sublinha, ainda, a importância de estratégias coordenadas que melhorem a comunicação e promovam a equidade no acesso aos cuidados de saúde, atendendo às expectativas e necessidades da população.

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