“É uma grande preocupação, nós já tínhamos uma ideia muito clara sobre a falta de acesso, a falta de respostas. Durante os últimos anos, não se investiu na área dos cuidados paliativos. Nós estamos agora a fazer uma recuperação gradual, porque não é de um dia para o outro”, diz. “É uma matéria em que Portugal ficou, infelizmente, muito para trás, mas que está na nossa agenda”, prossegue.
O comentário surge depois da Associação de Cuidados Paliativos ter denunciado que mais de 70 % dos doentes não têm acesso em tempo útil a cuidados paliativos, valor que sobe para 90 % no caso das crianças.
“Vamos muito em breve nomear ou renomear a Comissão de Cuidados Paliativos, porque a anterior já tinha terminado a sua missão e função. Nós temos uma visão diferente para os cuidados paliativos, e, naturalmente, a equipa que vamos escolher tem uma visão alinhada com essa visão", ressalva.
A responsável fala dias depois de a APCP ter apresentado um conjunto de propostas à Comissão Parlamentar da Saúde, entre as quais a criação de equipas comunitárias de suporte em todas as Unidades Locais de Saúde (ULS) e a facilitação da mobilidade de médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais para estas equipas.
Fonte: Lusa